Posts Tagged 'Pedra do Sal'

Minha carne é de carnaval; Meu coração é igual!

Porque Carnaval é História, segue recado do Escravos da Mauá.

Escravos da Mauá 2013______________________________________

Alô cabrochas, alô rapaziada!

Atenção, muita atenção: na manhã deste domingo (3/02) esperamos vocês para o fabuloso desfile dos Escravos da Mauá – certamente o mais lindo da nossa história!

Pela primeira vez em nossos 21 CARNAVAIS, nosso trajeto se inverterá: em vez de irmos na direção da Praça Mauá e Av. Rio Branco, vamos entrar pela Sacadura Cabral, percorrendo por dentro a região que já foi conhecida como a PEQUENA AFRICA do Rio de Janeiro. Vamos em direção aos TESOUROS DA MAUÁ, título do samba 2013.

E o que são os tesouros de um lugar senão sua história, seus personagens e sua cultura popular? Pois então… além de preciosidades como a Pedra do Sal, o Cais do Valongo, e as Igrejas da Saúde e de Nossa Senhora da Prainha, o desfile dos Escravos promoverá também muitos encontros ao longo do percurso, destacando pessoas, grupos e projetos que enchem de vida o dia-a-dia da região. Vamos lá:

– pra começar, durante a concentração do bloco no Largo da Prainha (10 horas), a criançada da Providência descerá o morro para uma breve apresentação do AMARELO PROVIDENCIAL, bloco infantil que o Escravos está apadrinhando e que reúne a garotada que durante o ano participa dos saraus literários e oficinas da CASA AMARELA, dirigida pelo pessoal do FAVELARTE.

– quando, ao MEIO-DIA, os fogos espocarem no Morro da Conceição e o DESFILE de fato começar, a primeira surpresa será a confraternização com integrantes do AFOXÉ FILHOS DE GANDHI, na esquina com a Pedra do Sal, espaço ritual e monumento natural da cultura negra e da nossa cidade. Nesse momento, a  comissão de frente do bloco, composta por cerca de trinta artistas de rua em PERNAS DE PAU formados pela CIA DE MYSTERIOS E NOVIDADES, escola de teatro de rua com sede na Gamboa,  fará uma evolução homenageando a CULTURA NEGRA e os BALUARTES DO SAMBA.

Na esquina seguinte, quando o desfile passar entre o CAIS DA IMPERATRIZ e o antigo MERCADO DE ESCRAVOS DO VALONGO (atual rua Camerino), a comissão de frente dos Escravos (nas pernas de pau e figurinos produzidos nas oficinas pré-carnavalescas da Cia de Mysterios e Novidades) encenará o hipotético encontro da corte portuguesa  com os reis africanos,  evocando a mistura de influências e tradições que formou o nosso carnaval.

Um pouco mais adiante, no local onde habitualmente se concentra o tradicional bloco da Providência CORAÇÃO DAS MENINAS, estarão, este e outros blocos da região portuária, com seus estandartes desfraldados, em uma homenagem às pessoas e aos grupos que movimentam o carnaval da região portuária nos dias atuais,  como o PINTO SARADO, o ESCORREGA MAS NÃO CAI, o ALEGRIA PORTUÁRIA, o ELES QUE DIGAM, o OBA,  a BANDA DA CONCEIÇÃO, o FILHOS DE TALMA (que agora ressurge), entre outros.

Ao chegar na PRAÇA da HARMONIA, seremos recebidos pelo CORDÃO DO PRATA PRETA, com seu estandarte e o bonecão que representa o Prata Preta, líder da Revolta da vacina, que teve suas barricadas exatamente naquela praça. Será também o momento do desfile homenagear alguns dos velhos RANCHOS e CORDÕES que marcaram a história da região portuária na primeira metade do século passado. Partindo do CORETO da praça se integrarão ao desfile os estandartes que homenageiam o Rei de Ouro, o Recreio das Flores, o Repentinos do Brasil,  o Pega o Lenço e Vai!,  o Amantes da Saúde,  o Gualemadas,  o Crocodilos do Barroso,  o Harmonia,  o Favela dos meus Amores,  o Fique Firme na Favela, o Tudo é Preto e o Teimosos da Gamboa,  além dos que,  vindo também de muito tempo atrás,  ainda estão por aqui:  como o já mencionado CORAÇÃO DAS MENINAS, o INDEPENDENTES DO MORRO DO PINTO, o FALA MEU LOURO (que também agora ressurge) e a VIZINHA FALADEIRA, que seguem fazendo a alegria da região como nos velhos carnavais.

Saindo da Praça, e tendo ao fundo os NAVIOS ancorados no porto, citados na letra do samba, será a hora do bloco confraternizar com os TRABALHADORES da região portuária.  A sede do SINDICATO DOS ESTIVADORES estará enfeitada para saudar a passagem do Escravos que, por seu turno, saudará os portuários com a evolução de sua comissão de frente marcada pela presença de MARINHEIROS em pernas de pau,  pela passagem de bateria com chapéus de marinheiro e por referências à histórica presença de João Cândido, o almirante negro. ESTE SERÁ UM MOMENTO MUITO ESPECIAL DO DESFILE, UMA VEZ QUE ALI ESTARÁ, EM PESSOA, SEU CANDINHO, O FILHO DE JOÃO CANDIDO, o “ALMIRANTE NEGRO”, LÍDER DA REVOLTA DA CHIBATA. NESTE MOMENTO, PELA PRIMEIRA VEZ EM SUA HISTÓRIA, O BLOCO VAI INTERROMPER O SEU DESFILE E, EM UMA MERECIDA HOMENAGEM A JOÃO CANDIDO, CANTAREMOS TODOS JUNTOS o “MESTRE-SALA DOS MARES”, DE JOÃO BOSCO E ALDIR BLANC. Junto a todos os trabalhadores do porto, os Escravos homenageiam com saudade, também, o querido CLAUDIO CAMUNGUELO, nosso eterno baluarte.

Iniciando o percurso de volta, já na Avenida Venezuela, mais um encontro inesperado. No lado esquerdo da pista o pessoal do GALPÃO DAS ARTES – ESPAÇO GEPETO,  sediado ali há 25 anos desenvolvendo cenografia para teatro,  trará para a rua um pouquinho do seu trabalho.

Mais à frente, na altura do Cais da Imperatriz haverá BANHO DE CARRO-PIPA (em dois momentos, ambos na Barão de Tefé: o primeiro ao cruzar a Sacadura, o segundo ao cruzar Av. Venezuela) preparando os passistas para a reta final do desfile quando o bloco será saudado em grande estilo pelo Instituto Nacional de Tecnologia, o INT, instituição de 90 anos de idade, onde em 1992 nasceu o bloco Escravos da Mauá.  O INT  promete inundar a avenida com BALÕES E PAPEIS PICADOS vindos do céu para brindar a passagem do bloco pela frente de sua sede.

Por fim,  ao dobrar na Praça Mauá, os Escravos da Mauá se despedirão com uma última homenagem da Comissão de Frente às CANTORAS da velha RADIO NACIONAL, encerrando em seguida o desfile pela sua passarela tradicional, a rua Sacadura Cabral, que originalmente marcava o litoral da Saúde e da Gamboa. Passaremos pelo costado do Morro da Conceição, e pela Igreja de São Francisco da Prainha, até voltarmos ao ponto de partida.

Uma última dica:  a rapaziada formada na SPETACULU, escola de arte e tecnologia sediada no Santo Cristo, também estará conosco no desfile realizando performances incidentais.  É deles também a autoria dos brindes que serão distribuídos para a comunidade saudando de forma bem humorada os tesouros da área portuária.

Pra terminar:

– o samba TESOUROS DA MAUÁ é de autoria da Jovem Velha Guarda dos Escravos da Mauá: Tiago Prata, Miguel Costa, Miguel Diniz e João Costa.

– a camiseta 2013, vencedora do concurso de camiseta, e que mostra o desenho original do litoral da região portuária, com suas enseadas e pequenos atracadouros, é de autoria da cabrocha Monica Martha. A camiseta está à venda no Botafogo Praia Shopping e no Shopping Nova América. E também na concentração para o desfile, no Largo de São Francisco da Prainha. Mas, atenção: com ou sem camiseta se brinca nos Escravos da Mauá. Se quiser improvisar sua fantasia, nossas cores são o azul e o amarelo.

– já estão a postos as porta-bandeiras Branca e Izair, e o nosso querido mestre-sala Alexandre, ajudado também pelo Fernando Braga.

– o mesmo também se pode dizer de nossa SUPER BATERIA, esse ano com 100 peças, liderada pelo MESTRE PENHA e enfeitada pela fabulosa rainha MICHELLE.

– pra que o samba se espalhe por toda a caminhada, teremos TRÊS (3!) carros de som: um pequeno na frente, o principal, e outro de igual porte retransmitindo.

– ao final do desfile, teremos o bloco dos CATADORES de latas, iniciativa da SEBASTIANA, a Liga dos Blocos da Zona Sul, Centro e Santa Teresa, da qual fazemos parte.

– pra aquecer os tamborins para o desfile… na sexta-feira (1/2) tem o BAILE À FANTASIA DA SEBASTIANA! Pra aquecer mais ainda… no sábado à tardinha estaremos no desfile do PINTO SARADO, com concentração na rua Sara, subida para o Morro do Pinto.

Obrigado à RIOTUR pelo apoio à mudança do trajeto!

E, principalmente, obrigado a todas as pessoas, grupos, projetos e amigos que, com suas participações especialíssimas, nos ajudarão a fazer O MAIS BONITO DESFILE DE TODA A HISTÓRIA DOS ESCRAVOS DA MAUÁ!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Obrigada cabrochas, obrigada rapaziada dos Escravos da Mauá!

Até domingo, com muita água e protetor solar!

Beijos dos Escravos da Mauá

Trajeto resumido: Largo de S.F. da Prainha – Sacadura Cabral – Praça da Harmonia – Av. Venezuela – Praça Mauá – Sacadura Cabral – Prainha .

Lugares para ver e conhecer: 1) Largo da Prainha, 2) Pedra do Sal, 3) Jardim do Valongo, 4) Cais da Imperatriz (cais do Valongo), 5) Sede do Coração das Meninas, 6) Sede da Cia de Mysterios e Novidades, 7) Cemitério dos Pretos Novos, 8) Praça da Harmonia, 9) Sede do Cordão do Prata Preta, 10) Sede do Sindicato dos Estivadores, 11) Praça Mauá, 12) Mosteiro de São Bento, 13) Igreja de São Francisco da Prainha

Fórum Comunitário do Porto

Carta-denúncia enviada pela ARQPEDRA

Sabe com quem está Falando?
O Autoritarismo e o Quilombo.
Ou a TV, a Pesquisadora e o Quilombola… Aonde vão?

Membro da Comunidade Pedra do Sal, o Prof. Luiz Carlos Torres, Historiador de Formação e quilombola descendente desse território, no último dia 31 de outubro foi convidado a dar uma entrevista junto com a doutoranda em antropologia Flavia Costa, para o canal Brasil.

Eis que os dois escolheram como cenário para entrevista o espaço denominado Jardim Suspenso, que beira a Rua do Camerino e que foi em tempo colonial e do império brasileiro o principal mercado de escravos do Rio de Janeiro, denominado Valongo.

Quando já no espaço escolhido e com a equipe de reportagem pronta os dois professores convidados para a matéria viram surgir um sujeito sem identificação, se dizendo segurança do consórcio Porto Novo e exigindo que eles saíssem daquele espaço porque pertencia a empresa. Indignados e pasmos ficaram!

A Jornalista Carmem Célia, da TV Brasil, que conduziria a matéria, se indignou de imediato com o sujeito e perguntou quem ele era, pois nem crachá ou uniforme usava

O sujeito reforçou sua fala intitulando-se segurança do consorcio Porto Novo. Além do despreparo no trato com o público, ele se mostrou arrogante e autoritário no vocabulário para com o grupo da reportagem.

Nosso historiador, Prof. Luiz Torres, não se conteve e solicitou que continuasse a matéria recomendando que se alguém os quisesse tirá-los dali que chamasse a polícia.

Quando o sujeito se deu conta de que sua descortesia e arrogância não surtiram efeito, telefonou para alguém que talvez fosse seu superior e se afastou por alguns instantes do grupo.

Não demorou muito. Apenas alguns poucos minutos depois e veio outro funcionário dizendo-se também do consórcio Porto Novo. O primeiro funcionário saiu à francesa e voltou logo depois, agora, sim, uniformizado e com crachá, quando veio uma terceira funcionária mais graduada e supostamente chefe do grupo.

Nosso historiador nos relatou também que o segundo funcionário que veio atendê-los, mais educado e fino no trato direto com eles, na sua fala inicial deixava, sem a arrogância do primeiro, que havia sim um monopólio da empresa privada sobre o local público que eles visitavam, quando disse que havia uma necessidade de comunicação ao consórcio Porto Novo, que o outro dizia ser autorização.

Resumindo: o Projeto Porto Maravilha, então, não seria proposta de revitalização e reforma, como se diz do espaço urbano, mas de apropriação também dos espaços públicos de valor histórico e de memória?

Essa coisa de dar satisfação a uma empresa privada sobre o nosso direito de ir e vir e falar nos lugares que são expressões de nossas identidades, pela segunda vez nos indignou a todos, como tirou nosso professor Quilombola do sério!

Nossa tradição quilombola, afrodescendente, que ininterruptamente há mais de um século percorre e vive pela região Portuária; desde o Tombamento da Pedra do Sal, na década de 80 do século passado, vem buscando uma recuperação de nossas raízes em ações afirmativas, de luta tendo por objeto nosso patrimônio negro da Região como o porto, o santo e o samba, argumento criado pelo Professor Luiz Torres e consagrado pelas acadêmicas da Universidade Federal Fluminense (UFF) Hebe Mattos, Martha Abreu e a Antropóloga Eliane Cantarino O’Dwyer, coordenadora do Relatório Histórico-Antropológico sobre o Quilombo Pedra do Sal escrito pelas duas Historiadoras.

O que nos incomodou não foi apenas o fato acontecido e narrado nesse documento que se apresenta como uma crítica ao comportamento arrogante de funcionários que representam o consórcio Porto Novo no contato direto com o público. Outra questão digna de nota foi a imposição do Cais do Valongo como a mais singular e imponente matriz das tradições das raízes africanas de nossa Região Portuária na leitura do Projeto Porto Maravilha.

O Cais e o Mercado de Escravos do Valongo são hoje os ícones de maior visibilidade e importância para as tradições da cultura de matriz africana na Região Portuária por terem sido avolumados pelos interesses do surto arqueológico derivado das escavações dos logradouros públicos expostos a todos pelo projeto de urbanização atual. Foi necessário, inclusive, interromper as obras para levantamento rápido dos resquícios de quase três séculos encobertos pelos vários aterramentos pelos quais passou a nossa região portuária.

Como se fez a escolha desses equipamentos como ícones da memória africana pelo Porto Maravilha? Qual foi o critério?

Supervalorizar os espaços de registros do mal que nossos antepassados foram submetidos será a melhor forma de lhe apresentar sua história? Ou não seria mais legítimo vê-los reconhecidos em seus espaços de celebrações em que as heranças ainda persistem vivas nas pessoas?

Não é de nossa intenção esconder ou descaracterizar a crueldade do mercado de escravo trazido para região portuária na segunda metade do século XVIII. Mas, uma vez que sempre existiu um espaço de celebração elevado a ícone por nossa mais legítima tradição, a Pedra do Sal, por que escondê-la, subvertê-la a espaço menor, dando ao espaço da tragédia o protagonismo?

Aproveitando esse momento de indignação e reflexão, a ARQPEDRA, como organização comunitária de descendência africana, expõe aqui a sua discordância com respeito à escolha que os pesquisadores, contratados para o Projeto Porto Maravilha do poder público municipal, postularam como referência e importância para o Mercado de Escravos e o Cais do Valongo.

O que de fato foi o cais do Valongo? Ele foi antes de tudo o espaço físico da crueldade e a calamidade de nossa condição humana depreciada a nada, sob o regime escravocrata colonial e imperial.

Então, por que ele? Se já tínhamos um símbolo que existia e que traduzia não a tragédia dos nossos antepassados, mas sim o seu poder renovador criativo e de resistência: a Pedra do Sal (do Porto, do Santo e do Samba)!

A Pedra do Sal, nosso epicentro quilombola de todo território da “Pequena África” já tinha sido alçada a grande monumento de nossa memória desde o seu tombamento iniciado em 1984 e concluído em 1987, por iniciativa de muitos intelectuais, como o nosso celebre historiador Joel Rufino dos Santos.

Território de referência do ressurgimento de uma tradição quilombola local e centro aglutinador de todos os pretos e seus símbolos culturais que iam e viam entres os diversos núcleos desse território, inclusive o Morro da Providência, a Praça Onze e o Estácio.

A Pedra do Sal é monumento de celebração, de valorização de nossos ritos sagrados e do surgimento simbólico e real do samba carioca. Do encontro dos portuários da lida e da malandragem. Sua sorte é de símbolo das oferendas, do sagrado, quando o negro tinha que fazê-lo no silêncio de sua fé em orações de cânticos harmônicos e quase em sussurros ainda pelos idos do século XVIII.

A escolha do Projeto Porto Maravilha, através de seus pesquisadores pelo Cais do Valongo e pelo Cemitério dos Pretos Novos (privado) pareceu ser uma escolha política e menos problemática que a Pedra do Sal. Aliás, na Pedra do Sal existem os quilombolas e uma rivalidade em que esses se viram envolvidos com uma potente ordem religiosa, que é a Venerável Ordem Terceira da Penitencia de identidade franciscana. Essa ordem religiosa não perdoou ao desqualificar, em 2007, os quilombolas quando esses exigiram permanecer em seu território. Atualmente, os quilombolas ainda estão à espera da titulação definitiva em razão dos impasses resultantes de interesses que permitem a VOT recorrer das decisões judiciais em que o governo brasileiro reconhece o território como sendo quilombola.

Talvez, o progresso que essa intervenção urbana hoje capitaneada pelo governo da cidade do Rio de Janeiro em nome das três esferas de poder (federal, estadual e municipal) e distribuída em muitos parceiros privados, em consórcios e outras formulações de cunho empresarial, prefira excluir os quilombolas a negociar com seus representantes como permitia o Acordo de Cooperação Federativo de 2009 (essência do Projeto Porto Maravilha), Costurado pela Casa Civil da Presidência da Republica, assinado e lavrado com a presença do então Presidente Luis Inácio “Lula” da Silva no Porto do Rio, onde os quilombolas da ARQPEDRA foram convidados.

Pois bem, agora entendemos o segurança arrogante que tentou impedir o professor quilombola Luiz Torres, a pesquisadora Flavia Costa e a equipe da TV Brasil da jornalista Carmem Célia de circularem pelo território das identidades africanas que o Projeto Porto Maravilha apoiou o surgimento e que hoje monitora.

Tudo o que aqui relatamos deve ser deste modo interpretado ou estamos enganados quando nos afirmamos excluídos?  Como a Pedra do Sal pode ser intitulada e reconhecida como sendo uma das peças das tradições das raízes africanas pela CDURP, mas sem os quilombolas?  Onde, no Site da CDURP, instituição que organiza, em nome do poder municipal, a herança africana, cabe a palavra quilombola quando fala sobre o território da Pedra do Sal?

Mais uma vez aguardando respostas, nos despedimos,

ARQPEDRA.

Conselho Diretor
ARQPEDRA – Associação da Comunidade Remanescente do Quilombo Pedra do Sal
Skipe: quilombopedradosal
Email: arqpedra@gmail.com


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